O vírus HPV  (sigla em inglês para o papiloma vírus humano) é o principal responsável   pelo desencadeamento do câncer  cervical (câncer do colo  do útero)   em 99% dos casos, podendo infectar também os homens  e levando ao surgimento do câncer de pênis. 

De acordo com as estimativas  do Instituto Nacional de Câncer  (INCA ) mais de 16 mil mulheres brasileiras são diagnosticadas com esse tipo de tumor todos os anos, sendo o quarto tipo  de câncer que mais mata mulheres no Brasil.

A vacina contra o HPV é usada em mais  de 100 países  em ação conjunta  com a OMS Organização Mundial da Saúde, como  estratégia para a eliminação dos casos de câncer do colo do útero no mundo.

A relação sexual  é considerada a principal via de infecção pelo HPV, embora  a infecção  também ocorra pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada.

As regiões mais afetadas nas mulheres são vagina, vulva, colo do útero, região pubiana, boca e garganta.

As regiões mais afetadas nos homens  são pênis, bolsa escrotal (onde estão os testículos), região pubiana, região perianal  boca e garganta. 

Existem mais de  200 tipos de HPV, sendo que destes 40 tipos são capazes de infectar  o trato genital da mulher e do homem.

Os HPV 16 e 18  são responsáveis por cerca de 70% das lesões  pré -cancerígenas   e cancerígenas,  mas a doença  pode ser prevenida se as lesões  forem tratadas de forma precoce.

Os tipos  6 e 11    são responsáveis em cerca de 90%  das  lesões verrucosas  (condilomas genitais e papiloma de  laringe).

No Brasil  existem   2 vacinas  disponíveis contra HPV  aprovadas  pela Agência Nacional de Vigilância  Sanitária  (ANVISA): A  VACINA BIVALENTE  E  A VACINA QUADRIVALENTE indicada para mulheres entre 9 à 45 anos e para homens entre 9 a  26 anos.

O Ministério da Saúde  brasileiro  adicionou  ao calendário nacional de vacinação em 2014  a vacina quadrivalente. Esse imunizante  é oferecido gratuitamente pelo rede de saúde pública o SUS,  em 2 doses  para todas as garotas  de 9 a 14 anos  e todos os garotos de 11 a 14 anos .

Uma pesquisa realizada na Inglaterra  de 2006 a 2019  apontou  queda de quase 90%  nos casos de câncer  de colo de útero , entre as vacinadas  contra HPV  aos  12/13 agora   com  20 anos  em relação às mulheres  não  vacinadas, gerando uma onda de otimismo  e confiança  na vacinação contra o HPV.

No Brasil  a vacinação contra HPV  enfrenta  obstáculos  semelhantes à imunização contra outras doenças.  A cobertura  vacinal  contra o HPV é considerada insatisfatória e faltam campanhas de conscientização .

O ideal  seria  que todos os homens e mulheres sexualmente ativos, se vacinassem.

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